O ex-presidente Jair Bolsonaro se manifestou nas redes sociais nesta quinta (13) sobre a celeridade na marcação do julgamento para saber se virará réu após denúncia feita pela Procuradoria-Geral da República (PGR) no Supremo Tribunal Federal (STF). Em sua declaração, Bolsonaro comparou o andamento de processos semelhantes em outros países e questionou a rapidez com que o caso contra ele e outras 33 pessoas foi pautado para julgamento.
“Nos EUA, a perseguição contra Donald Trump e as ridículas acusações de ‘insurreição’ levaram quase 5 anos para serem convertidas em denúncia formal – e depois foram reduzidas a pó pela escolha soberana do povo americano. Tudo correu na primeira instância, com uma breve consulta à Suprema Corte sobre matéria constitucional”, afirmou o ex-presidente.
Bolsonaro também mencionou a Alemanha, onde, segundo ele, um processo semelhante a seu caso segue tramitando lentamente na primeira instância. “Em outros países, como a Alemanha, onde o uso do direito como arma política ainda causa escândalo, um processo com o mesmo tema – envolvendo suspeitas realmente sérias sobre um grupo acusado de planejar um golpe de Estado em 2022 – continua tramitando na primeira instância e deve levar anos até ser encerrado, com uma decisão final”, disse.
O ex-presidente criticou a agilidade do julgamento no Brasil, ressaltando a morosidade do sistema judiciário em outros casos. “Mas no Brasil, que tem a 30ª justiça mais lenta do mundo, segundo o Banco Mundial; o judiciário mais caro do mundo, segundo diversas fontes; que não está nem entre os 70 melhores no ranking global de Estado de Direito; e que só supera a Venezuela em imparcialidade… Mas nesse Brasil de índices que impressionam negativamente, um inquérito repleto de problemas e irregularidades contra mim e outras 33 pessoas está indo a julgamento em apenas 1 ano e 1 mês (de 8 de fevereiro de 2024 a 25 de março de 2025). É impressionante!”
Por fim, Bolsonaro sugeriu que a rapidez no andamento do processo pode estar relacionada ao cenário político e sua posição nas pesquisas eleitorais. “Parece que o devido processo legal, por aqui, funciona na velocidade da luz. Mas só quando o alvo está em primeiro lugar em todas as pesquisas de intenção de voto para Presidente da República nas eleições de 2026”, concluiu.