O montante é de R$259.750,00; artista responsável pela obra reivindica valores que não foram pagos e a responsabilidade agora é de Bruno Teixeira
Os ensinamentos da religião trazem a ideia de que a fé é capaz de mover montanhas.Porém, em Maribondo, segundo ofício enviado à prefeitura, a fé foi usada para mover ganância e falta de responsabilidade fiscal. Isso porque em documento encaminhado pelo artista, Ranilson Viana, está a reivindicação do valor de R$259.750,00 (duzentos e cinquenta e nove mil setecentos e cinquenta reais), dívida herdada da antiga gestão, de Leopoldina Amorim, para realização da obra da imagem de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, localizada no Mirante Maria Nazaré de Oliveira Amorim.
No ofício, Ranilson destaca que a nota fiscal n° 282, no valor total de R$98.750,00 (noventa e oito mil setecentos e cinquenta), teve o pagamento parcial de R$36.500,00 (trinta e seis mil e quinhentos), ficando um saldo de R$62.250,00 (sessenta e dois mil duzentos e cinquenta), ainda em aberto. Além disso, a Nota Fiscal N° 304, no valor total de R$197.500,00 (cento e noventa e sete mil e quinhentos) não foi paga, gerando a dívida para o município de R$259.750,00.
Nas redes sociais o compromisso não honrado está longe de aparecer, já que a ex-prefeita usa a obra como motivo de orgulho, um símbolo de “união e devoção”, uma semente plantada que está dando frutos diários. Mas, quando se acessa o ofício não é o que parece. Na verdade, os frutos colhidos têm sido de irresponsabilidade fiscal e o uso da fé do povo com outras intenções.
A imagem de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro fica no alto do município com vista para toda a cidade. Ela foi finalizada em 24 de setembro de 2024, mesma data da entrega. O período, coincidência ou não, é próximo às eleições municipais, que ocorreram no dia 06 de outubro e deram vitória a Bruno Teixeira, oposição de Leopoldina.
No documento, Ranilson pede “máxima urgência” do município para resolver o problema e sanar o valor que Leopoldina deixou de pagar e agora recai nas mãos do novo gestor. A reflexão que fica é se realmente a ex-prefeita estava pensando em fortalecer a fé do povo ou usar dessa fé para alimentar a ganância pessoal.
Vale reforçar também que a chegada da Santa na cidade foi um evento a parte em que a atual gestora, Leopoldina Amorim tentou usar como massa de manobra para a eleição do seu sobrinho, Jorjão Amorim. No momento foram feitas atividades para a recepção da Santa, com caminhadas, fogos de artifício , mobilização da população, além da proibição da entrada daqueles que ela sabia que eram eleitores da oposição, o que pode ser caracterizado como um ato político.
Nesta quarta-feira, 12, a ex-gestora usou as redes sociais para mais uma vez usar a Santa como uma conquista para o povo, mesmo sem pagar pela imagem, Leopoldina continua usando a fé do povo maribondense como algo que se compra e o pior, não se paga, engana.