A aprovação de uma nova data oficial no calendário de Maceió gerou uma forte reação política. A Câmara Municipal promulgou a lei nº 7.638, que estabelece o 7 de novembro como o “Dia Municipal em Memória das Vítimas do Comunismo”, e a decisão provocou críticas do Partido Comunista do Brasil (PCdoB), que classificou a medida como um ataque ideológico.
Em comunicado oficial, o diretório municipal do partido condenou a iniciativa, alegando que a legislação tem um viés de criminalização da esquerda. “A nova lei municipal distorce a história e ataca os movimentos populares. Seguimos na luta por democracia, direitos e justiça social!”, declarou o comitê do PCdoB.
O partido ainda criticou a origem do projeto, que partiu do vereador Leonardo Dias (PL), identificado como integrante da base bolsonarista na capital alagoana. Para a sigla, a proposta não atende às necessidades da população e serve apenas para alimentar disputas ideológicas. “Essa medida constitui um ataque direto e infundado à própria história, distorcendo a verdade e buscando demonizar movimentos que tiveram e têm como objetivo central a construção de um mundo livre de exploração e opressão”, reforçou o PCdoB.
A promulgação da lei coloca Maceió no centro de uma discussão mais ampla sobre a memória histórica e o uso da política institucional para travar embates ideológicos. Enquanto setores conservadores defendem a homenagem como um resgate histórico, a oposição enxerga a data como uma tentativa de reescrever a história com viés político.