O senador alagoano Renan Calheiros (MDB), que atuou como relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre omissões e irregularidades do governo federal durante a pandemia de Covid-19, trouxe novamente à tona o tema após o depoimento de Mauro Cid, que se tornou público.
No depoimento, o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), revelou encontros frequentes entre Bolsonaro e o então procurador-geral da República, Augusto Aras, sem a presença de intermediários.
“A CPI da Covid empilhou provas robustas e indiciou dezenas de pessoas, entre elas o ex-presidente. Augusto Aras e Lindora Araújo blindaram os investigados e perseguiram os adversários. O depoimento de Mauro Cid ilumina a conduta promíscua de Aras”, afirma Renan.
Para Calheiros, as investigações estão expondo fatos alarmantes sobre o uso ilegal das estruturas do Estado. Ele destacou que toda a cúpula da CPI da Covid, incluindo ele mesmo como relator, foi monitorada. Nesse sentido, os responsáveis devem ser punidos de forma exemplar.
“Aras prevaricou, engavetou e dissimulou em troca de uma vaga no STF, que não veio. Uma investigação para apurar as condutas ilegais de Aras é uma imposição moral e institucional”, completou Renan.