Parceria política é como amizade. Se faz bem, o futuro será com bons frutos; se não é benéfica, é problema (na certa).
2025 é ano pré-eleitoral. A ‘coisa’ começa a acontecer depois do carnaval (é sempre assim e assim está sendo). O jornalista Edivaldo Junior, bem informado com suas fontes no MDB, fez o alerta de que Renan não quer aliança com Arthur Lira. É uma informação que vai de encontro com os pleitos passados, porque Renan sempre tentou, e foi Arthur, antes mesmo de virar poderoso em Brasília, que nunca quis. O problema de adquirir poder demais é que, quando o reinado acaba, dar passos para trás não está no radar. Também não se sabe se Arthur pensa em fazer uma dobradinha (bandeira 2 com Renan). Na verdade, eles, pessoalmente, não se gostam, nem se permitem sentar lado a lado num mesmo ambiente. E fazem questão de tornar pública a animosidade.
Arthur e Renan terão alguns meses para definir o tipo de jogo que pretendem conduzir, em 2026. Vale lembrar que são protagonistas, mas não estarão só, nas definições. O MDB ganhou Marcelo Victor, que trouxe com ele a sobrevivência do partido e, não duvide, garantiu a eleição de Renan Filho, que venceu para o Senado com míseros 56,92% dos votos válidos(depois de um governo disruptivo), contra o inexpressivo Davi Filho.
Pelo MDB a máquina está moendo a todo vapor. Independente da decisão de Renan Filho, o partido trabalha intensamente para manter o mesmo número de deputados na Assembleia Legislativa e ampliar, de dois, para três federais. A prioridade é manter Renan no Senado. Daí, qualquer leigo compreende o jogo do MDB.
Já o bloco de oposição ao MDB, se não afundar pela arrogância política, tem tudo para emplacar pelo menos 10 estaduais e cinco federais. A depender do que JHC decidir, pode ter o governador e um senador como prioridade. Também fica fácil de entender o jogo.
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No MDB, a prioridade é manter Renan no Senado e a base na ALE. Pular de dois para três federais, mantendo os dois aliados da federação PT|PV, formando maioria (declarada) na bancada, é um bônus bem possível. Total: 5 declarados.
Se o bloco de oposição firmar a harmonia, a prioridade é eleger o governador, manter uma vaga no Senado, ampliar para 10 vagas na ALE e virar o jogo na Câmara Federal. Como assim? O bloco do MDB tem Isnaldo e Rafael, mais os aliados (declarados) Paulão e Luciano Amaral. Marx Beltrão e Daniel Barbosa não tomam partido (declaradamente). A oposição na Câmara, montada por Arthur Lira, tem declarados Alfredo Gaspar e o Delegado Fabio Costa. Marx e Daniel são aliados vulneráveis, em caso de botão do pânico.
Mas… tudo pode mudar de cor e status e de prioridade a partir das decisões de JHC e Alfredo Gaspar de Mendonça, que não escondem a possibilidade de disputa pelo governo e Senado.
Agora você entende porque o balão que está a subir pode virar uma âncora e afundar os planos do bloco PL+PP+UB (É um balão pesado para oposição ou uma âncora fatal para o navegantes)
Querer não é poder. E, sem poder, todos são… (ex…)
Fonte – Blog do Wadson Regis