O presidente Luiz Inácio Lula da Silva planeja acelerar a reforma ministerial para definir a nova composição do governo na segunda metade de seu mandato. Com o fim das eleições no Congresso Nacional, a expectativa é que Lula amplie o espaço para Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e Arthur Lira (PP-AL), que deixaram, respectivamente, as presidências do Senado e da Câmara dos Deputados. A movimentação busca fortalecer a relação do Executivo com o Legislativo.
Novos nomes no alto escalão
De acordo com uma fonte próxima às negociações, Rodrigo Pacheco é cotado para assumir o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, atualmente sob o comando do vice-presidente Geraldo Alckmin.
Já Alckmin deve ser deslocado para o Ministério da Defesa, substituindo José Múcio Monteiro, que tem demonstrado interesse em deixar a pasta nos últimos meses.
No caso de Arthur Lira, ainda não há definição oficial, mas ele manifestou interesse em comandar o Ministério da Saúde ou o Ministério da Agricultura. A decisão final caberá a Lula, que ainda avalia as opções.
Outras mudanças no governo
A reforma ministerial também pode impactar a estrutura interna do Partido dos Trabalhadores (PT). A deputada federal e presidente do partido, Gleisi Hoffmann, deve assumir a Secretaria-Geral da Presidência, substituindo Márcio Macêdo. Por sua vez, Macêdo deve ser nomeado para a presidência do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
As mudanças fazem parte da estratégia de Lula para fortalecer sua base política e consolidar alianças no Congresso, garantindo maior governabilidade para os próximos dois anos de gestão.