A partir desta segunda-feira (3), entra em vigor a resolução do Banco Central (BC) que permite o pagamento de boletos via Pix e introduz um novo formato de cobrança: o boleto dinâmico. A novidade, que promete trazer mais agilidade e segurança às transações, permitirá que os boletos sejam quitados por meio de um QR Code impresso no próprio documento.
Mais rapidez e praticidade para os pagamentos
Com a nova regulamentação, o tradicional boleto bancário ganha um reforço tecnológico ao incorporar a funcionalidade do Pix. “Assim, serão incorporadas a agilidade, a conveniência e a grande aceitação do Pix à experiência do uso do boleto de pagamento, instrumento amplamente utilizado e objeto de diversos aperfeiçoamentos de segurança ao longo dos últimos anos”, afirmou o Banco Central em comunicado oficial.
O pagamento de boletos via Pix já vinha sendo testado por algumas instituições financeiras e agora passa a ser regulamentado oficialmente pelo BC. A medida, anunciada em dezembro, ficou popularmente conhecida como “bolepix”.
Boleto dinâmico: mais segurança e flexibilidade para empresas
Outra inovação apresentada pelo Banco Central é o boleto dinâmico, voltado para a quitação de dívidas atreladas a determinados tipos de títulos, como duplicatas escriturais e recebíveis imobiliários. Esse novo modelo possibilita mudanças na instituição destinatária e no beneficiário, garantindo que o pagamento seja direcionado automaticamente ao credor correto.
“A criação do boleto dinâmico representa, portanto, enorme avanço no sentido de modernizar o sistema financeiro e dar mais segurança na negociação de importantes tipos de títulos essenciais ao fomento de uma ampla gama de empresas integrantes da economia real, principalmente as de pequeno e médio porte”, destacou o Banco Central.
Ainda será necessário definir, por meio de uma instrução normativa, quais ativos financeiros poderão ser incluídos na nova modalidade. Inicialmente, a implementação do boleto dinâmico será restrita a duplicatas escriturais e recebíveis imobiliários.
O Banco Central informou que o novo modelo deve entrar em operação dentro de um prazo de até seis meses, dependendo da aprovação de ao menos um dos sistemas de escrituração ou de registro digital que darão suporte a esses títulos. No momento, esses sistemas ainda estão em fase de implementação.
A expectativa é que as novas funcionalidades modernizem ainda mais o sistema de pagamentos.