Alagoas apresentou um saldo positivo de 20,3 mil novos postos de trabalho com carteira assinada em 2024, de acordo com dados divulgados pelo Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) nesta quinta-feira (20). O resultado, que representa um crescimento de 4,5% em relação ao ano anterior, é fruto da diferença entre as 204.908 admissões e os 184.545 desligamentos registrados no período.
O setor de serviços foi o principal motor da geração de empregos no estado, com a criação de 11,4 mil novas vagas formais. Em seguida, o comércio registrou um saldo positivo de 4,9 mil postos, a indústria contabilizou 2,7 mil novas oportunidades e a construção civil acrescentou 1,9 mil vagas. Por outro lado, o setor agropecuário foi o único a apresentar saldo negativo, com o fechamento de 690 postos de trabalho.
Atualmente, o estoque de empregos formais no setor privado em Alagoas é de 466,5 mil vagas, com o setor de serviços liderando o ranking, somando 229 mil postos de trabalho e um crescimento de 5,25% em comparação a 2023. O comércio aparece na sequência, com 106 mil vagas, seguido pela indústria (83,1 mil), construção civil (31,7 mil) e agropecuária (16,6 mil).
Apesar do saldo positivo no acumulado do ano, dezembro registrou queda na geração de empregos em Alagoas, com uma retração de 3,5 mil vagas. No último mês do ano, foram registradas 11,3 mil admissões e 14,9 mil desligamentos. O setor de serviços foi o que mais perdeu postos de trabalho, com saldo negativo de 2,2 mil vagas. Construção civil (-798), indústria (-392) e agropecuária (-236) também tiveram queda. O comércio foi o único segmento a apresentar crescimento no período, criando 111 novas vagas formais.
No cenário nacional, o Brasil registrou a criação de 1,7 milhão de novos empregos formais em 2024, o que representa um crescimento de 16,5% em relação a 2023. No entanto, o último mês do ano teve uma queda de 535 mil postos de trabalho.
O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, afirmou que a queda em dezembro é comum e se trata de um ajuste natural do mercado. Entretanto, ele destacou que o saldo negativo foi maior do que o esperado. Quando questionado sobre os possíveis impactos dos juros altos na economia, Marinho preferiu não apontar uma causa específica, mas reforçou sua crítica às atuais políticas monetárias.
Para 2025, a expectativa é de que a geração de empregos siga as mesmas tendências observadas em 2023 e 2024, sem grandes mudanças. No geral, todas as regiões do país tiveram saldo positivo de empregos no ano passado, com destaque para o setor de serviços, que abriu 930 mil vagas. Todas as 27 unidades da federação registraram saldo positivo na geração de empregos, sendo São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais os estados com os maiores números absolutos, enquanto Amapá, Roraima, Amazonas e Rio Grande do Norte tiveram a maior variação proporcional.