Diante do expressivo aumento no número de casos de dengue no Brasil, a Secretaria de Estado da Saúde de Alagoas (Sesau) reforça a necessidade de medidas preventivas para combater a doença, que é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti e pode levar a complicações graves, incluindo óbitos.
A secretária-executiva de Vigilância em Saúde da Sesau, Thalyne Araújo, destacou que ações simples no dia a dia podem evitar a proliferação do mosquito.
“É fundamental reservar alguns minutos da semana para eliminar possíveis criadouros do mosquito. Locais como pratos de plantas, garrafas, caixas d’água, pneus, piscinas não tratadas e recipientes que acumulam água parada devem ser monitorados regularmente”, orientou.
Além disso, a recomendação inclui manter quintais e jardins limpos, evitar acúmulo de entulhos e utilizar repelentes, principalmente em áreas de maior risco. Para bebês e crianças, devem ser usados produtos adequados às respectivas faixas etárias.
Uma das medidas complementares de proteção é a vacinação, que foi incorporada ao Sistema Único de Saúde (SUS) para crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, em municípios selecionados. Em Alagoas, a imunização está disponível nos 12 municípios da I Região de Saúde, incluindo Maceió, Rio Largo, Marechal Deodoro, Pilar e outros.
A Sesau reforça que a vacinação não substitui as ações de prevenção e que eliminar os criadouros do mosquito continua sendo a principal forma de combate à doença.
Os principais sintomas da dengue incluem febre alta, dores no corpo, articulações e atrás dos olhos, manchas vermelhas, coceira e fraqueza. Em casos mais graves, podem surgir sinais de alarme, como dor abdominal intensa, vômitos persistentes e sangramentos.
Ao identificar esses sintomas, a orientação é procurar imediatamente uma Unidade Básica de Saúde (UBS) ou Unidade de Pronto Atendimento (UPA). “Nossas unidades de saúde estão preparadas para atender esses casos, com profissionais capacitados e uma linha de cuidado específica”, afirmou Thalyne Araújo.
Os números da dengue em Alagoas são preocupantes. Em 2023, foram registrados 4.813 casos prováveis, enquanto em 2024 o número saltou para 18.009, representando um aumento de 274,1%. A elevação reflete uma tendência nacional, com 2024 sendo considerado um ano epidêmico no país.
O Ministério da Saúde considera casos prováveis aqueles notificados como suspeitos, excluindo apenas os descartados pela vigilância. A Sesau reforça a importância da colaboração de todos os cidadãos no combate à doença, adotando medidas preventivas para reduzir a incidência da dengue no estado.