A escalada da violência em Alagoas acendeu o debate na Assembleia Legislativa de Alagoas (ALE), onde deputados da oposição intensificaram críticas ao governador Paulo Dantas (MDB). O estado registrou um final de semana sangrento, com 12 homicídios entre os dias 17 e 19 de janeiro, de acordo com o Contador de Homicídios do portal Alagoas 24 Horas.
Entre as vítimas da violência está Maria Alice Oliveira da Silva, uma criança de apenas três anos, morta por uma bala perdida. Outros casos incluem uma troca de tiros na praia da Pajuçara, que resultou em duas mortes e um ferido, e o assassinato de um homem dentro de sua casa em Palmeira dos Índios, cujo corpo foi arrastado para fora da residência pelo criminoso.
Diante da situação alarmante, o deputado estadual Leonam Pinheiro (União Brasil) adotou um tom crítico e solicitou o impeachment de Paulo Dantas. Em um vídeo divulgado nas redes sociais, Pinheiro acusou o governador de negligência ao pedir mais 15 dias de férias em meio à crise de segurança.
“Enquanto a população vive com medo, sem segurança, o governador tira férias prolongadas, ignorando a gravidade da situação”, declarou o deputado.Outro parlamentar da oposição, Cabo Bebeto (PL), também expressou indignação com os índices de violência.
“Chegamos ao limite. Não é possível aceitarmos que, como em outros estados, crianças inocentes morram por balas perdidas e criminosos fechem ruas. Essa não é a Alagoas que queremos!”, afirmou.
O aumento dos homicídios e a sensação de insegurança têm sido pauta recorrente em Alagoas, exigindo medidas mais enérgicas do governo. Parlamentares, especialistas e a população cobram ações efetivas para conter o avanço da criminalidade e reforçar a sensação de segurança.
O governo ainda não se pronunciou oficialmente sobre as críticas dos deputados nem sobre os pedidos de impeachment. Enquanto isso, o estado segue em alerta diante da violência crescente.
A morte de Maria Alice Oliveira da Silva evidencia a gravidade da situação e o impacto da criminalidade na vida dos alagoanos. A tragédia reforça a necessidade de políticas públicas mais eficazes para prevenir mortes de inocentes e conter a violência nas ruas.
Com os debates intensificados na ALE, a crise na Segurança Pública de Alagoas deve continuar no centro das discussões políticas e sociais do estado.