A influenciadora digital Adriana Ventura relatou, nesta segunda-feira (20), uma experiência de importunação sexual que sofreu no bar Conversa Botequim, localizado em Maceió. O episódio ocorreu durante um evento no estabelecimento, quando um homem, à vista de todos, colocou a mão dentro do próprio short enquanto a observava e fazia gestos obscenos com um pirulito. O suspeito também a convidou para dançar de forma constrangedora e inapropriada.
Em uma série de postagens nas redes sociais, Adriana destacou o comportamento do homem e lamentou a cumplicidade de algumas pessoas que testemunharam o ocorrido, incluindo uma mulher que aparentava conhecê-lo e reagiu à situação com risos. A influenciadora abordou a mulher acreditando que ela poderia intervir, mas recebeu uma resposta desdenhosa.
Adriana relatou que um dos músicos da banda que se apresentava no local sinalizou desaprovação ao comportamento do agressor, mas tratou o caso como um simples convite para dançar, o que reforçou a banalização da violência enfrentada por ela.
Após o ocorrido, a influenciadora procurou os responsáveis pelo estabelecimento, que acionaram a polícia e prometeram colaborar, disponibilizando imagens de segurança. No entanto, a viatura policial não chegou ao local antes de o agressor e a mulher que o acompanhava deixarem o bar.
Determinada a buscar justiça, Adriana informou que registrará um boletim de ocorrência por importunação sexual e está aguardando os desdobramentos das autoridades. Em sua fala, ela expressou indignação ao questionar o que leva alguém a sentir-se à vontade para agir dessa maneira em público e lamentou a falta de empatia de outros frequentadores, especialmente de outra mulher presente.
“Estou indignada. Senti-me completamente desrespeitada. E ainda mais pela complacência de quem presenciou. Uma mulher”, declarou.
Repercussão e apoio
O relato de Adriana gerou grande repercussão nas redes sociais, mobilizando mensagens de apoio e solidariedade. Ela usou sua plataforma para transformar a dor em força, reforçando que esse tipo de violência não deve ser tratado como algo comum ou aceitável. “Não passarão. Encontraram a pessoa errada. Não será um dia de sorte para quem atravessar meu caminho”, afirmou.
O caso acendeu o debate sobre segurança em espaços de lazer e a necessidade de uma rede de apoio entre mulheres para enfrentar situações de violência.
O Bar se manifestou lamentando o ocorrido e reafirmou o compromisso com o bem-estar de seus clientes, informando que as imagens de segurança serão entregues às autoridades e que medidas adicionais serão avaliadas para evitar casos semelhantes no futuro.
O que fazer em situações semelhantes?
Casos de importunação sexual devem ser denunciados às autoridades. Em Alagoas, as vítimas podem procurar delegacias especializadas ou registrar a ocorrência online, caso sintam-se mais confortáveis. Além disso, é importante buscar apoio de pessoas confiáveis e, se possível, reunir provas que possam auxiliar no processo legal.