Programa de crédito empresarial do governo federal com maior êxito na pandemia, o Pronampe completou mais de um mês de operações e já está esgotado. Foram liberados mais de R$ 17 bilhões pelo Programa em empréstimos, porém muitos micro e pequenos empresários reclamam da falta de acesso aos recursos.
A primeira fase do Programa, com fundo de aval de R$ 15,9 bilhões se encerrou rapidamente. Agora, as empresas esperam a segunda fase, com mais R$ 12 bilhões em crédito a ser liberado pela União.
Nesta terça-feira (28), o deputado federal Marx Beltrão protocolou requerimento em Brasília destinado ao ministro Paulo Guedes, da Economia. No documento Marx requer o retorno urgente das operações do Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte. Pela iniciativa, as empresas conseguem empréstimos com juros baixos e até 8 meses de carência para começar a pagar.
“São muitos os casos de micro e pequenos empresários que não tiveram acesso ao Pronampe, tiveram seus empréstimos negados e aguardam uma nova rodada para pleitear os recursos. No requerimento eu peço esta prorrogação ao ministro Paulo Guedes. Vejo o Pronampe como uma excelente alternativa para socorrer micro e pequenas empresas, mas os recursos disponibilizados pelo governo não foram suficientes. Por isso, o Pronampe precisa voltar” afirmou Marx Beltrão.
Além do fim precoce dos recursos, empresários também criticam o excesso de burocracia e exigências para quem realmente precisa dessa linha para capital de giro. Empresas que acabaram ficando com cadastro negativo por causa da crise do novo coronavírus não conseguiram acessar o Pronampe via Banco do Brasil. “Precisamos não somente aumentar os recursos e o prazo, como desburocratizar o acesso a este dinheiro. As micro e pequenas empresas nacionais clamam por este crédito emergencial”, disse o parlamentar.
Criada para auxiliar empresas com faturamento de até R$ 4,8 milhões por ano, categoria que engloba as micro e as pequenas empresas, durante a pandemia do novo coronavírus, a linha de capital de giro do Pronampe emprestou até 30% da receita anual registrada em 2019.
Fonte – Tribuna Hoje