Em sua chegada a Israel nessa quarta-feira (8), Yuval Vagdani, soldado israelense acusado de crimes de guerra no Brasil, negou as acusações e afirmou categoricamente que não retornará ao país.
O militar israelense confirmou que a Embaixada de Israel o informou sobre as investigações em curso no Brasil. “Acordei de manhã, abri o telefone e, de repente, vi oito chamadas”, disse Vagdani à emissora estatal Kan.
O militar afirmou que recebeu alertas tanto da chancelaria israelense em Brasília quanto de familiares.
Vagdani descartou qualquer possibilidade de voltar ao Brasil após o caso judicial. “Não voltarei ao Brasil novamente”, declarou o soldado israelense ao ser questionado pela imprensa que o recebeu no Aeroporto Ben Gurion, em Tel Aviv.
No contexto da guerra com o Hamas, o soldado israelense, que sobreviveu ao ataque, é acusado de ter participado da destruição de um bairro palestino.
Segundo a Fundação Hind Rajab (HRF), a ação, ocorrida fora de qualquer conflito ativo, tinha como objetivo principal causar danos indiscriminados à população civil.
Apesar da solicitação da Justiça, a Polícia Federal (PF) decidiu não investigar o caso e solicitou uma revisão da decisão judicial.