Nos últimos 10 anos, a aviação brasileira tem enfrentado o desafio constante das colisões com pássaros, com 404 incidentes registrados em toda a região Nordeste. Em Alagoas, foram 21 colisões, um número que coloca o estado em posição de destaque no cenário da aviação regional. Embora esses incidentes não resultem, em sua maioria, em acidentes graves, a possibilidade de danos significativos à aeronave segue como uma preocupação constante, especialmente durante decolagens e pousos.
Quem está envolvido?
Os dados abrangem aeronaves e tripulantes das principais regiões do Brasil. Em Alagoas, o número de incidentes com pássaros foi de 21, o que coloca o estado em uma posição destacada dentro da Região Nordeste. A aviação de estados vizinhos como Rio Grande do Norte (7 casos) e Sergipe (13 casos) registraram números bem inferiores.
Como essas colisões ocorrem?
As colisões com pássaros, apesar de parecerem incidentes menores, exigem constante monitoramento, pois podem afetar o desempenho da aeronave, principalmente em fases críticas do voo, como durante a decolagem e o pouso. Embora muitas vezes essas colisões não resultem em ferimentos ou danos graves, elas podem prejudicar componentes essenciais das aeronaves, como o trem de pouso, essencial para um pouso seguro.
Onde essas colisões são mais comuns?
Na Região Nordeste, os dados apontam que o estado da Bahia lidera os incidentes com 122 colisões, seguido de Pernambuco com 85, Ceará com 67 e Maranhão com 30. Outros estados da região também apresentam números relevantes, como a Paraíba (26), Piauí (33), Rio Grande do Norte (7) e Sergipe (13)
O risco de colisões com aves é um problema constante para a aviação, especialmente em áreas com grande movimentação de aves, como próximo a aeroportos e áreas de pouso. Embora o número de incidentes seja classificado como incidente (grau de criticidade menor), o impacto potencial em termos de segurança ainda é uma preocupação, pois pode contribuir para acidentes mais graves se não for devidamente tratado.
O que é feito para minimizar o risco?
O Cenipa e outras autoridades de aviação têm se dedicado a desenvolver medidas preventivas e a melhorar as práticas de monitoramento para reduzir as colisões com pássaros. Isso inclui a realização de campanhas educativas, uso de sistemas de radar para identificar áreas de risco e a instalação de tecnologias nos aeroportos para afastar as aves da área de pouso e decolagem. No entanto, o risco de acidentes como os envolvendo aves segue sendo uma preocupação constante para a aviação brasileira.
Esses incidentes destacam a necessidade de um planejamento mais robusto e de investimentos contínuos em segurança, pois, como já demonstrado, pequenas colisões podem ter consequências significativas. O evento mais grave recentemente foi o desastre aéreo ocorrido na Coreia do Sul, onde um Boeing 737-800, que havia sido alertado sobre o risco de colisões com pássaros, saiu da pista e bateu contra um muro logo após o pouso, resultando em 179 mortes. Esse tipo de incidente reforça a importância de mitigar o risco das colisões com aves, visto seu potencial de gerar desastres fatais.