Um ano após o desastre ambiental, o Instituto do Meio Ambiente de Alagoas (IMA) divulgou dados alarmantes sobre a degradação da Lagoa Mundaú, relacionando-a diretamente ao rompimento da Mina 18 da Braskem.
A Lagoa enfrenta sérios problemas de poluição, causados por diversos fatores, como o lançamento de efluentes industriais e domésticos, além do acúmulo de substâncias químicas e orgânicas.
O assoreamento intenso agrava a degradação da Lagoa Mundaú e de seus afluentes, como o Rio Mundaú e o Riacho do Silva, afetando a biodiversidade e as comunidades locais.
Entre dezembro de 2023 e janeiro de 2024, o IMA coletou e analisou 124 amostras de água para monitorar os impactos do desastre da Mina 18. Os dados foram comparados com estudos anteriores.
Em 2024, foram realizadas 176 análises da água na Lagoa Mundaú, incluindo monitoramento regular, resposta a denúncias e 48 relatórios sobre a balneabilidade.
A combinação de problemas físicos, químicos e a recente ocorrência de manchas de óleo tornam a situação ambiental da região ainda mais complexa e preocupante.
“As análises relacionadas ao aparecimento recente de manchas de óleo estão em andamento. Esse trabalho é essencial para entender a origem e a extensão do problema, além de possibilitar a adoção de medidas corretivas e preventivas”, disse o consultor ambiental do IMA e geólogo, Jean Melo.
Apesar de os resultados das análises estarem dentro dos padrões históricos, a necessidade de monitoramento contínuo e gestão integrada do CELMM permanece evidente.