Um estudo realizado pela Universidade Federal de Alagoas (UFAL), em parceria com a Defesa Civil de Maceió e outros órgãos, revelou um quadro alarmante de instabilidade no solo em diversas áreas dos bairros Chã de Bebedouro e Petrópolis, na capital alagoana. O relatório, concluído entre março e agosto de 2024, detalha os riscos iminentes que afetam centenas de famílias e expõem uma realidade preocupante para os moradores dessas localidades.
De acordo com Maurício Sarmento, integrante do Movimento Unificado das Vítimas da Braskem, o estudo identificou graves problemas, como subsidência e colapso do solo nas regiões da Rua Marquês de Abrantes e do Conjunto Padre Pinho. Além disso, a surgência de água nas áreas residenciais tem se intensificado, afetando tanto o interior quanto o exterior das casas. A presença de água corrente, apesar de aparentemente limpa, gerou transtornos diários, principalmente durante o período de chuvas.
A análise técnica indica que a instabilidade é agravada pela composição do solo, que contém camadas orgânicas e argilosas de baixa resistência, tornando o terreno inadequado para construções civis. Esses problemas têm levado ao aparecimento de rachaduras, fendas em casas e afundamento de pisos, além de alagamentos recorrentes. O cenário apresenta riscos severos, com potencial de comprometimento da segurança das famílias que vivem nas áreas afetadas.
O relatório já foi encaminhado às autoridades competentes, que agora devem tomar providências para mitigar os danos e garantir a segurança dos moradores. A situação segue sendo monitorada, enquanto os moradores aguardam respostas efetivas para a resolução dos problemas identificados.