
Durante a cúpula de líderes do Mercosul, realizada no Uruguai, foi finalmente fechado o acordo comercial entre o bloco sul-americano e a União Europeia (UE). Após mais de duas décadas de negociações, o documento foi ratificado em um movimento considerado histórico para ambas as regiões.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, destacou os benefícios econômicos do tratado, afirmando que ele será vantajoso para os países europeus, ao mesmo tempo em que garantirá proteção aos setores mais sensíveis, como o agronegócio.
“Aos produtores agrícolas, ouvimos e somos cientes das suas preocupações. Estamos atuando com respeito, e esse acordo tem salvaguardas robustas, com proteção a alimentos e bebidas”, declarou von der Leyen.
O acordo havia sido assinado em 2019, durante o governo de Jair Bolsonaro (PL), mas permanecia com pendências devido a objeções de países como França e Argentina, que acabaram sendo votos vencidos no processo de ratificação.
Segundo von der Leyen, o tratado deve gerar economias de até 4 bilhões de euros às empresas europeias, além de abrir novos mercados e gerar empregos tanto na América do Sul quanto na Europa.
Para o Brasil, o otimismo era evidente antes mesmo da cúpula, já que o país considerava o tratado uma peça fundamental para expandir sua participação no comércio global, especialmente no setor agrícola e de manufaturados.
Embora celebrado, o acordo ainda enfrenta resistências internas em algumas nações europeias, que temem os impactos na produção agrícola local. No entanto, as garantias negociadas, incluindo regras de proteção ambiental e salvaguardas específicas, foram suficientes para superar as principais barreiras diplomáticas.
O tratado é visto como um marco nas relações comerciais entre o Mercosul e a União Europeia, prometendo fortalecer os laços econômicos e estratégicos entre os dois blocos.