A Procuradoria-Geral da República (PGR) deu início nesta segunda-feira (2) a uma força-tarefa composta por nove procuradores para analisar o inquérito da Polícia Federal (PF) que indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro e outras 36 pessoas por suspeita de envolvimento em um plano para um golpe de Estado.
O inquérito, que contém 884 páginas, foi encaminhado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) à PGR há seis dias. A instituição deve agora decidir se apresentará denúncia contra Bolsonaro e os demais indiciados pelos crimes de organização criminosa, abolição do Estado Democrático de Direito e tentativa de golpe de Estado. Outra possibilidade é solicitar novas investigações ou arquivar o caso.
Entre os indiciados estão ex-ministros, militares e auxiliares próximos de Bolsonaro. O relatório final da PF aponta que o ex-presidente teria “plena consciência e participação ativa” nas ações investigadas, com “domínio dos atos” realizados pelo grupo.
A conclusão da análise da PGR está prevista para fevereiro de 2024. O desfecho poderá culminar na apresentação de uma denúncia ao STF, marcando mais um capítulo importante na investigação sobre a tentativa de subverter o regime democrático no Brasil.