A atuação da perícia criminal e médico-legal de Alagoas foi essencial para a denúncia dos réus José Marcos Douglas da Silva e Quitéria Maria dos Santos pelo crime de duplo homicídio qualificado. O caso, julgado recentemente pelo Tribunal do Júri, ocorreu em 22 de agosto de 2022, em um canavial na zona rural de Coruripe, e resultou nas mortes violentas de Jenilson da Silva Oliveira, de 21 anos, e Leandra Bento da Silva, de 23 anos.
De acordo com as investigações, o crime foi premeditado e motivado por aventuras pessoais entre os dois casais. Durante o julgamento, o promotor de Justiça Leonardo Novaes Bastos, da 1ª Promotoria de Justiça de Coruripe, apresentou provas, materiais e periciais que sustentaram a acusação e foram levados às denúncias. Quitéria Maria foi condenada a 39 anos e três meses de prisão, enquanto José Marcos recebeu pena de 33 anos, ambos em regime inicialmente fechado.
O promotor destacou a relevância do trabalho dos peritos oficiais na construção do caso. “As provas recolhidas foram essenciais, e o trabalho conjunto da Polícia Civil, dos peritos criminais e dos médicos legistas foi determinante para garantir as declarações justas dos responsáveis”, afirmou Leonardo Novaes Bastos.
A perita-geral da Polícia Científica, Rosana Coutinho, ressaltou a integração entre os órgãos de investigação e a importância da prova técnica nos processos judiciais. “A complementaridade entre a perícia criminal e a médico-legal tem fortalecida a robustez das provas, com o objetivo de esclarecer crimes de forma eficaz. A perícia perinecroscópica e a necrópsia, que analisam o local do crime, coletam vestígios e determinam a causa da morte, são fundamentais para a efetividade das investigações”, explicou Rosana Coutinho.
O caso evidenciou a relevância da atuação técnica e precisa da perícia criminal no sistema de justiça, garantindo decisões embasadas e justas, além de auxiliar na elucidação de crimes complexos.