A Defensoria Pública da União (DPU) e a Mineradora Vale Verde (MVV) firmaram um acordo para promover melhorias nas defesas civis dos municípios de Craíbas e Arapiraca, localizados no Agreste de Alagoas. O entendimento ocorreu após um impasse na Justiça Federal que estava impedindo o avanço dos estudos técnicos sobre o impacto da extração de cobre na região.
A audiência de conciliação ocorreu no dia 19 de novembro, e ficou estabelecido que a estruturação das defesas civis será concluída no prazo de 15 dias. As melhorias previstas incluem a entrega de veículos para as unidades, GPS, drones, Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e bússolas.
A MVV tem o prazo de até 30 dias para apresentar orçamentos para a realização dos estudos sismológicos, que serão conduzidos pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), pela Universidade de Brasília (UNB) e pela Universidade Federal de São Paulo (USP). O orçamento da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) já foi apresentado.
Desde o início da operação da Mina Serrote, em 2021, mais de 400 casas nas proximidades apresentam rachaduras, colocando em risco a segurança de centenas de famílias. A atividade mineradora da Vale Verde tem sido apontada como a principal causa desse problema, que ameaça transformar residências em ruínas.
Enquanto a mineradora Vale Verde afirma que suas operações estão dentro dos parâmetros legais e que as explosões não são responsáveis pelas rachaduras nas casas, a comunidade e a Defensoria Pública atribuem os danos à atividade mineradora.
A instalação de equipamentos para monitorar tremores, determinada pela Justiça em junho de 2023, busca esclarecer a causa das rachaduras e responsabilizar os envolvidos.