O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou, nessa quinta-feira (28), a continuidade das obras da Transnordestina, um dos mais importantes projetos ferroviários do Brasil.
“Eu ando atrás dessa ferrovia como nunca andei atrás de uma obra tão importante no Brasil. Uma demonstração de que quando o governo quer fazer as coisas, quando ele tem disposição, as coisas acontecem”, disse.
Segundo Lula, é cada vez mais urgente investir no sistema ferroviário brasileiro para assegurar a competitividade no mercado interno e externo, além de facilitar o escoamento da produção nacional. “Eu precisei voltar para a gente fazer essa obra, que é extremamente importante para o Brasil, porque este país precisa de facilidade para o transporte das cargas que nós produzimos. A maior facilidade ou é ferroviária ou marítima, não existe outra possibilidade de sermos muito competitivos sem a ferrovia”, disse o presidente.
Serão destinados R$ 3,6 bilhões para a conclusão do empreendimento, valor que será repassado pelo Banco do Nordeste à Transnordestina Logística (TLSA), por meio de crédito do Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE). Os desembolsos serão feitos de forma parcelada, com até R$ 1 bilhão por ano entre 2024 e 2026, e R$ 600 milhões em 2027, garantindo a conclusão da obra dentro do cronograma estabelecido.
“Precisou o presidente Lula voltar para que essa obra fosse retomada, e está sendo retomada da forma correta, estruturada, vencendo todos os gargalos e desafios. Vamos dar prioridade máxima, desde o banco até o financiamento, para que não falte recurso e a obra seja concluída no prazo, entregue ao destino final e se torne um grande eixo de desenvolvimento para a nossa região, permitindo ao Nordeste crescer, se desenvolver e gerar empregos”, pontuou o presidente do BnB, Paulo Câmara.
A Transnordestina é a maior obra de infraestrutura do Nordeste e faz parte do Novo PAC. Considerada estratégica para o transporte de grãos, fertilizantes, cimento, combustíveis e minério, especialmente com foco na exportação, a ferrovia tem o potencial de impulsionar a balança comercial brasileira. Segundo o Ministério dos Transportes, o projeto contará com três ramais principais, que atravessarão os estados do Piauí, Ceará e Pernambuco.