Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF) nesta quinta-feira (21), o ex-presidente Jair Bolsonaro se manifestou, em ligação com a coluna do jornalista Paulo Cappelli, criticando duramente o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
“O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, declarou Bolsonaro. Ele informou que aguardará a análise de seus advogados sobre o indiciamento e ressaltou que sua defesa será levada à Procuradoria-Geral da República (PGR).
Além de Bolsonaro, outras 36 pessoas foram indiciadas pela PF. O indiciamento ocorre em meio a investigações relacionadas a um suposto plano de golpe de Estado e atentado contra lideranças políticas. Na última terça-feira (19), a PF prendeu seis militares suspeitos de integrar o esquema que visava atacar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o próprio ministro Moraes.
A PF também aponta o envolvimento de civis e militares na articulação de ações antidemocráticas e em tentativas de desestabilizar a ordem constitucional.
Bolsonaro sinalizou que adotará uma postura combativa no âmbito jurídico, enfatizando sua desconfiança quanto à condução das investigações pelo STF e reafirmando sua disposição para “lutar na PGR”.
A situação coloca o ex-presidente em um cenário ainda mais delicado, com desdobramentos que podem influenciar não apenas sua trajetória política, mas também o ambiente político nacional. O caso segue em apuração pelas autoridades competentes.