O acordo entre a Braskem, o MPE/MPF e a Defensoria tem pouco mais de seis meses e já envelheceu.
Esta é a nova realidade que a empresa precisa entender, aceitar e reagir.
E só há um meio de fazê-lo: acelerando as negociações com a comunidade, os moradores do Pinheiro, Bebedouro, Mutange e Bom Parto, vítimas da situação – e não o contrário.
O acordo de janeiro deste ano foi e é positivo, mas a sua execução não compreendeu a psicologia humana, os efeitos sociais da mudança, cuja urgência vai se impondo cada vez mais (independentemente da questão eleitoral).
Os cálculos são do defensor-geral Ricardo Melro: se em seis meses foram concluídas 389 indenizações, ao fim de dois anos serão efetivadas apenas 1.556 negociações, quando o universo a ser contemplado já chega a 6.955 casos.
Ele elogia os que estão envolvidos com o trabalho pela empresa, mas aponta o cerne da questão: é pouca gente para fazer muita coisa.
A Braskem tem dinheiro para ampliar seus quadros para essa missão específica e urgente.
Que o faça.
Fonte – Ricardo Mota