O plano para assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), discutido em 12 de novembro na residência do general Braga Netto, previa a execução das autoridades por envenenamento.
“Foram consideradas diversas condições de execução do ministro Alexandre de Moraes, inclusive com o uso de artefato explosivo e por envenenamento em evento oficial público. Há uma citação aos riscos da ação, dizendo que os danos colaterais seriam muito altos, que a chance de ‘captura’ seria alta e que a chance de baixa (termo relacionado a morte no contexto militar) seria alto”, detalha a investigação.
Os militares utilizaram os codinomes “Jeca” para se referir a Lula e “Joca” para Alckmin, e consideraram a possibilidade de assassinato da chapa presidencial por envenenamento.
“Para execução do presidente Lula, o documento descreve, considerando sua vulnerabilidade de saúde e ida frequente a hospitais, a possibilidade de utilização de envenenamento ou uso de químicos para causar um colapso orgânico”, diz documento da PF.
A Operação Contragolpe, deflagrada nesta terça-feira (19) pela Polícia Federal, foi autorizada pelo ministro do STF, Alexandre de Moraes. A operação tem como objetivo desmantelar uma organização criminosa que teria planejado um golpe de Estado em 2022 para impedir a posse do então presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e atacar o STF.
De acordo com a PF, existia um planejamento operacional, chamado “Punhal Verde e Amarelo”, com a intenção de assassinar o presidente eleito Lula, seu vice Geraldo Alckmin, e o ministro do STF Alexandre de Moraes.
A operação tem como alvo os “kids pretos”, um grupo formado por militares da ativa e da reserva. Além deles, um policial federal também foi preso.
Um dos alvos da operação é o general da reserva Mário Fernandes, ex-secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência durante o governo Bolsonaro e atual assessor do ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello.
Outros “kids pretos” presos:
Tenente-coronel Helio Ferreira Lima;
Major Rodrigo Bezerra Azevedo;
Major Rafael Martins de Oliveira;
Também foi preso o policial federal Wladimir Matos Soares.