A Polícia Civil de Alagoas (PC/AL) investiga a possibilidade de o número de vítimas de Albino Santos de Lima, de 42 anos, ser maior do que o inicialmente confirmado. Com a confissão do suspeito ligada aos oito homicídios, a polícia já confirmou ao menos 10 casos. Com a reabertura de inquéritos de 2019 e 2020, o número total de vítimas pode chegar a 18.
A Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) investiga crimes cometidos por Albino, preso em setembro, que residia na parte alta de Maceió entre 2019 e 2020. A delegada Tacyane Ribeiro confirmou que o suspeito mudou-se para a casa do pai após esse período.
Os homicídios confirmados ocorreram a cerca de 850 metros do antigo endereço de Albino, na parte alta da cidade. Segundo o delegado Gilson Rêgo Sousa, o suspeito demonstrava preferência por mulheres morenas de cabelos cacheados. Homens cujas esposas se encaixavam nesse perfil também podem ter sido alvo.
“Tivemos dificuldades inciais porque o assassino cometia os crimes num raio de 850 metros, ou seja, em um ambiente que ele conhecia profundamente. Mas, com o passar do tempo, ele foi relaxando a cautela e acabou sendo identificado”, explica o delegado Gilson Rego.
A polícia encontrou em dispositivos digitais de Albino arquivos perturbadores, como pastas intituladas ‘odiada Instagram’ e ‘mortes especiais’, contendo fotos e notícias das vítimas. Um calendário digital, encontrado em seu celular, detalhava as datas dos crimes.
A arma do crime, uma pistola calibre 380 – pertencente ao pai de Albino, um ex-policial militar – foi utilizada nos homicídios. O DNA balístico da arma já foi registrado no banco de dados nacional para rastreio. As investigações seguem sob sigilo.