O governo federal, por meio dos ministros Fernando Haddad (Fazenda) e Simone Tebet (Planejamento), está preparando uma série de medidas para cortar gastos, que devem ser anunciadas nos próximos dias. Durante reuniões entre segunda (4) e terça-feira (5), os ministros das pastas afetadas foram convocados ao Palácio do Planalto para discutir os cenários apresentados pela equipe econômica. Os ministérios mais impactados pelos cortes serão o da Previdência Social, Trabalho e Emprego, Desenvolvimento Social, Saúde e Educação.
Entre as medidas em estudo, está a possibilidade de mudanças nas regras do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e do seguro-desemprego, com a ideia de usar parte da multa rescisória do FGTS para financiar o seguro-desemprego. Essa proposta gerou resistência, principalmente por parte do ministro do Trabalho, Luiz Marinho, que negou alterações nas regras para trabalhadores com carteira assinada, embora as discussões continuem.
Além disso, o governo está avaliando uma revisão no abono salarial, que é concedido a trabalhadores com rendimento de até dois salários mínimos. O benefício é considerado por muitos como pouco eficaz em promover a justiça social. O governo também está considerando implementar um limite para os chamados “supersalários” no serviço público, o que poderia gerar uma economia de até R$ 5 bilhões em 2025, segundo estimativas do Centro de Liderança Pública (CLP).
Essas mudanças visam ajustar as contas públicas, com cortes que somam um valor substancial, ainda superior ao inicialmente projetado.