O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e o líder do União Brasil, Elmar Nascimento (BA), deixaram de lado desavenças passadas e se reuniram no último fim de semana em São Paulo. Com essa reconciliação, Elmar deverá anunciar nesta terça-feira (5) sua saída da disputa pela presidência da Câmara, o que marca uma mudança significativa na dinâmica política da Casa. O acordo entre os dois estabelece que o União Brasil assumirá a relatoria do Orçamento de 2026, enquanto o MDB ficará com a presidência da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) no próximo ano.
O clima tenso entre Lira e Elmar surgiu após Lira escolher Hugo Motta (PB), líder do Republicanos, como seu candidato à sucessão, decisão que deixou Elmar indignado e levou ao rompimento da relação entre os amigos. Antes dessa escolha, Elmar era considerado o favorito de Lira para a presidência, mas a escolha de Motta, que conta com apoio de vários partidos, foi vista como uma estratégia para garantir alianças políticas necessárias para uma transição tranquila na Câmara. Motta, com o suporte de oito partidos, também incluiu apoio de siglas como PT e PL, mostrando sua capacidade de diálogo em um cenário político complexo.
Enquanto isso, Lira está de olho em sua futura candidatura ao Senado por Alagoas em 2026, o que o leva a buscar fortalecer seu capital político e assegurar um sucessor viável. A habilidade de Lira em promover reconciliações e alianças pode ser crucial para garantir que ele deixe um legado de estabilidade na Câmara, algo que seus antecessores não conseguiram. Com essa nova fase de colaboração entre Lira e Elmar, o cenário político da Câmara dos Deputados se mostra mais favorável ao fortalecimento de laços entre partidos em busca de uma governabilidade eficaz.