Aos 37 anos, Amanda Frazão, enfrenta uma difícil batalha contra o câncer, que já perdura por três anos. Desde julho, após novo diagnóstico de metástase nos ossos e pulmões, a paciente do Hospital Universitário de Alagoas (HU) necessita de um medicamento essencial que a instituição não disponibiliza. Em busca de assegurar seu direito à saúde, Amanda procurou a Defensoria Pública da União (DPU) em Alagoas, formalizando o pedido do remédio em 14 de agosto e destacando a urgência de sua condição.
Apesar da tramitação ter sido iniciada há mais de três meses, Amanda ainda não recebeu o medicamento e continua sem respostas claras quanto ao andamento do processo. Segundo ela, houve uma previsão inicial para a liberação até 14 de outubro, conforme comunicado por telefone pela própria Defensoria. Contudo, a data passou sem que qualquer resposta ou solução fosse oferecida. “Fiquei tentando contato por dois dias para falar com eles e disseram que, infelizmente, não tinham nenhuma posição. Em outra semana, liguei novamente e me pediram para aguardar uma ligação deles. E até agora nada”, desabafa a paciente.
A Defensoria Pública da União desempenha um papel crucial em situações como esta, em que cidadãos sem recursos financeiros dependem do apoio estatal para garantir tratamentos de alto custo. Nesses casos, cabe à DPU intermediar com o sistema de saúde pública e, se necessário, recorrer a ações judiciais para assegurar o fornecimento do medicamento. A realidade enfrentada por Amanda reflete o sofrimento de muitos pacientes que, além de lutar contra uma doença grave, encontram-se em uma batalha paralela por seus direitos.
A paciente, que segue aguardando uma definição da DPU, espera que seu direito à saúde seja respeitado e que o medicamento, essencial para seu tratamento, seja finalmente liberado.