Na manhã desta terça-feira (5/11), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) prestou depoimento à Controladoria-Geral da União (CGU) em um caso que desperta grande atenção. Bolsonaro atua como testemunha de defesa do ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, que enfrenta graves acusações relacionadas a bloqueios de rodovias durante as eleições de 2022. Esses eventos são analisados sob um rigoroso sigilo processual, intensificando as especulações sobre o impacto político do depoimento.
Silvinei Vasques, que liderou a PRF de abril de 2021 a dezembro de 2022, foi preso preventivamente no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília, por um período de um ano, após uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). Desde sua libertação em agosto deste ano, Vasques está sob vigilância, utilizando tornozeleira eletrônica e com restrições ao uso de redes sociais. O ex-diretor enfrenta um futuro incerto, pois corre o risco de perder uma aposentadoria de aproximadamente R$ 16,5 mil, um impacto significativo após o turbilhão judicial.
Durante sua gestão, Vasques não hesitou em expressar seu apoio a Bolsonaro, chegando a pedir votos abertamente em favor do então candidato. Este apoio público levanta questões sobre a relação entre os dois e o papel da PRF nas eleições, especialmente em um período em que a credibilidade das instituições estava sob escrutínio.
O depoimento de Bolsonaro será realizado de forma oral, através de videoconferência, e traz à tona discussões sobre os limites da influência política nas forças de segurança pública. Com a atenção da mídia voltada para essa audiência, as implicações podem reverberar não apenas para Vasques, mas também para o ex-presidente, em um momento em que ambos estão no centro das investigações.