As negociações para a sucessão da presidência da Câmara dos Deputados intensificaram-se esta semana, com Hugo Motta (Republicanos-PB) se consolidando como o principal candidato. Com o apoio declarado de oito partidos, Motta já conta com o respaldo de 324 deputados — muito acima dos 257 votos necessários para garantir a vitória. Entre as bancadas que o apoiam estão PL, PT, PP, Republicanos e MDB, partidos que representam uma ampla maioria.
Ainda há, no entanto, indefinição entre outras dez legendas, que somam 84 deputados, incluindo PSDB, Cidadania, PDT e PSB. Embora esses partidos ainda não tenham se posicionado oficialmente, Motta tem buscado diálogo para ampliar seu apoio, afirmando que quer “fortalecer o diálogo” com todas as siglas que não definiram seus votos.
Além disso, as candidaturas de Elmar Nascimento (União-BA) e Antonio Brito (PSD-BA) enfrentam incertezas. União Brasil e PSD estão sob pressão para desistir de suas candidaturas em favor de Motta. União Brasil, que conta com 59 deputados, já indicou que deve declarar apoio a Motta, mas aguarda definições sobre cargos na próxima legislatura, incluindo a presidência da Comissão de Constituição e Justiça, antes de oficializar a retirada de Elmar da disputa.
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), endossou oficialmente Motta na terça-feira, destacando sua habilidade para “aliar polos antagônicos com diálogo e leveza.” A mudança de apoio de Lira — que antes favorecia Elmar — fortaleceu ainda mais a posição de Motta. Nos próximos dias, reuniões decisivas entre líderes do União Brasil, PSD e o próprio Motta podem selar o caminho para sua eleição à presidência da Câmara.