O Exército decidiu indiciar três coronéis, sob a acusação de que esses oficiais foram os autores de uma carta enviada ao comandante da corporação, em 2022, incitando um golpe de Estado para impedir a posse do então presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O inquérito concluiu que “houve indícios de crime militar” por parte dos três integrantes da força – um da ativa e dois da reserva.
Foram indiciados os coronéis Anderson Lima de Moura, Carlos Giovani Delevati Pasini e José Otávio Machado Rezo. Um quarto coronel, Alexandre Castilho Bitencourt da Silva, da ativa, teve a investigação interrompida por conta de uma liminar da Justiça.
Agora, o inquérito foi encaminhado ao Ministério Público Militar, que deve decidir se oferece denúncia contra os oficiais.
A chamada “Carta ao Comandante do Exército de Oficiais Superiores da Ativa do Exército Brasileiro” teve a assinatura de 37 militares e foi considerada pelo comandante da Força Terrestre na época, general Marco Antônio Freire Gomes, como uma pressão para que aderisse a uma tentativa de golpe de Estado.
O manifesto foi encontrado no celular de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), durante investigações da Polícia Federal.
Fonte: Metrópoles