O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), garantiu que o Projeto de Lei da Anistia, que visa perdoar os envolvidos nos ataques de 8 de janeiro, será resolvido até a suspensão do seu mandato em fevereiro de 2025. Em entrevista à Folha de S. Paulo , Lira revelou que já iniciou diálogos com líderes partidários para tratar da questão, considerada delicada devido às implicações e à repercussão pública dos eventos.
Lira classificou o projeto como “um tema sensível”, que vem sendo usado em contextos políticos variados e ressaltou a importância de debater o assunto de forma ponderada: “Um tema sensível como esse, por tudo que aconteceu, por tudo que está acontecendo, estava inapropriadamente sendo usado”, comentou.
Em uma transação recente, Lira transferiu o projeto da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) para uma comissão especialmente dedicada exclusivamente ao tema, o que causou um atraso no andamento da proposta. A comissão especial realizará uma análise aprofundada antes de o projeto ir ao plenário para votação.
Esse adiamento é visto como parte da estratégia de Lira para consolidar o apoio político em torno de seu candidato à sucessão da presidência da Câmara, Hugo Motta (Republicanos). A medida visa fortalecer a base de Lira nas eleições internas de fevereiro, atraindo o respaldo de partidos como PT e PL e ampliando a coesão em torno de sua política de base.