Nesta sexta-feira (1º ), o Sindicato dos Médicos de Alagoas (Sinmed) acendeu o alerta para uma medida que será adotada pelos gestores da saúde em Maceió e que visa demitir mais de 390 profissionais contratados em regime de trabalho precarizado nas unidades da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (Uncisal), sem alternativa de substituição dos trabalhadores por concursados. A informação foi publicada pelo deputado estadual Cabo Bebeto (PL).
A iminente dispensa desses trabalhadores, que fazem parte das equipes de diversos hospitais estaduais geridos pela Uncisal, coloca em risco a continuidade do atendimento em serviços essenciais à população. De acordo com o deputado, as unidades afetadas incluem a Maternidade Escola Santa Mônica, o Hospital Escola Helvio Auto e o Hospital Portugal Ramalho.
A notícia do término dos contratos de prestadores de serviços na Uncisal, divulgada nas redes sociais, motivou os trabalhadores a organizarem manifestações em defesa de seus direitos trabalhistas.
A redução de 38 leitos representará uma diminuição de mais de 60% na capacidade instalada do Hospital Hélvio Auto, comprometendo o atendimento a pacientes com doenças infectocontagiosas em Alagoas, conforme dados apresentados pelo Sinmed em reunião com o deputado.
Com o corte de 50% dos leitos de UTI e UCI, a Maternidade Santa Mônica, referência no atendimento a gestantes de alto risco, verá comprometida a vida de recém-nascidos que necessitam de cuidados intensivos.
Com as 120 demissões previstas, o fechamento do Hospital Portugal Ramalho é iminente, deixando pacientes psiquiátricos sem assistência e sobrecarregando famílias já fragilizadas.
Em crítica ao Governo do Estado, o parlamentar afirmou que as demissões no Hospital Portugal Ramalho foram impostas de forma arbitrária, sem estudos prévios e desconsiderando as necessidades de saúde mental da população.