Imagine uma arma que você não vê, não ouve, não sente, quando o que está em jogo é uma eleição.
Os Calheiros são guerreiros precisos, que agem sempre na sombra e em silêncio total.
Para capturar um Calheiros é preciso mais que uma boa visão (do presente), é preciso sentir cada movimentação (do leão) rumo ao futuro.
João Catunda não viu a movimentação do leão, não ouviu os gritos de (sai daí), não sentiu medo de sua caça e trilhou um caminho arriscado demais.
Sem a expertise de um caçador de leão, ele deixou rastros do seu andar pela selva política. Caminhou dias e noites sem observar que a fome do predador era maior que sua vontade de vencê-lo. E a fome do leão foi maior que a vontade de vencê-lo. Esse foi o erro de Catunda.
Outro detalhe que os alvos do leão não podem esquecer: ele jamais esquece de quem o atacou, principalmente em seu território. Davi Maia também está sentindo o poder do experiente – e sempre faminto – leão.
Enquanto o rei estiver na selva política das Alagoas haverá sempre uma presa em sua mira. O leão não é imbatível, mas é soberano quando a presa está de boca aberta.
Dica sobre o leão: Renan, no jogo do xadrez, nunca dá primeira jogada. Ele espera que os outros joguem. E isso faz toda diferença. Outro ponto é que, cada vez mais, ele fala menos e é mais falado. Principalmente pelos que não gostam. Mas que o mantém sempre em evidência. Ignorar Renan parece soberba, mas seria a melhor estratégia.
Para mim, o silêncio de suas ações e do saber sobre ele “é o amigo que não trai”- Confúcio.
Fonte – AL1 / Wadson Regis