O Democratas é a bola da vez nas articulações políticas dos candidatos majoritários em Maceió.
Com quem fica o DEM? A resposta por vir nos próximos dias ou demorar até as convenções que serão realizadas entre 31 de agosto e 16 de setembro.
Hoje o partido participa da gestão do prefeito de Maceió, Rui Palmeira. Mas nem por isso fará parte automaticamente da aliança em torno da pré-candidatura de Alfredo Gaspar de Mendonça (MDB).
Inicialmente, a participação do DEM na aliança em torno de Gaspar era dada como certa. Mas a relação entre os dirigentes do partido e o pré-candidato do MDB não teria evoluído dentro do esperado.
Ao que se sabe o ex-PGJ está com dificuldades para “segurar” o Democratas no seu bloco.
Se confirmada a opção por outro nome, será uma baixa com desdobramentos importantes na eleição – especialmente no cálculo do tempo de TV e rádio. Os números a seguir são baseados nos 10 minutos do guia eleitoral.
Com o DEM, a coligação em torno de Gaspar que teria MDB, PSD, PL, PSC e Podemos ficaria com 2 minutos e 52 segundos no guia eleitoral. Sem o DEM, o tempo cairia para 2m21s.
Independente do destino, se o DEM não fechar com Gaspar, o deputado estadual Davi Davino Filho, que tem hoje ao seu lado PP, PSL, Republicanos e Solidariedade, passaria a ter o maior tem de TV, com 2m27.
Davi Davino Filho surpreendeu a formar este grupo e ainda busca ampliar uma eventual coligação com a participação de outros partidos.
Lembrando que ara onde for, o DEM leva 31 segundos. E por isso, mas não só, vem sendo “assediado”, por vários grupos em Maceió.
Se dependesse só da decisão do deputado estadual Davi Maia, o partido iria para o grupo do deputado federal e pré-candidato do PSB, JHC. Mas a decisão final será do Thomaz Nonô, que pode escolher além de JHC, o próprio Gaspar ou outro nome.
A escolha de JHC, dizem, teria simpatia do presidente nacional do DEM, ACM Neto.
Com o DEM, JHC, que tem hoje PSDB e PSB, passaria de 1m11s para 1m42s. JHC ainda trabalha com a possibilidade de outras legendas. Tudo para aumentar a sua base de apoio e o tempo de propaganda eleitoral.
Outro que pode surpreender, na reta final das articulações, é o ex-governador Ronaldo Lessa. Hoje ele conta apenas com seu partido, o PDT, o que lhe daria 35 segundos no guia eleitoral. Mas se ele conseguir viabilizar uma “frente de esquerda”, poderá aumentar muitos segundos no seu tempo.
E cada segundo importa nas eleições deste ano. Em tempos de fake news, com a credibilidade das redes sociais abalada, o guia eleitoral deve ganhar mais peso nas eleições de 15 de novembro.
Fonte – Blog do Edivaldo Júnior