Servidores contratados do município de Taquarana têm enfrentado crescentes pressões por parte da Secretaria de Assistência Social, liderada por Moniza, filha do prefeito. Em mensagens enviadas por um grupo de WhatsApp, Moniza tem exigido a participação dos servidores temporários em visitas porta-a-porta, realizadas pelo prefeito e sua equipe.
Em uma das mensagens compartilhadas no grupo, Moniza foi enfática ao declarar: “Faça um curso, passe, torne-se efetiva. E aí sim, você não tem obrigação de acompanhar o prefeito. Enquanto você for contratada, você tem sim essa obrigação.” A declaração, vista por muitos como uma tentativa de coagir os contratados a participar das atividades políticas do prefeito gerou indignação entre os servidores e despertou a atenção de setores da sociedade civil.
Ainda no mesmo grupo, Moniza compartilhou o endereço de uma das visitas programadas e estipulou um prazo de tolerância de apenas 20 minutos para que os servidores comparecessem ao local. A ação é vista como uma forma de controle e pressão sobre os servidores, que temem represálias caso não atendam às exigências.
Essas práticas, que pressionam os contratados a se envolverem em atividades políticas, levantam questionamentos sobre a legalidade e a ética da conduta da Secretaria de Assistência Social de Taquarana. Especialistas apontam que obrigar servidores temporários a participar de campanhas políticas pode configurar abuso de poder e coação, infringindo direitos trabalhistas e eleitorais.
O caso ainda está em desenvolvimento, e a expectativa é que entidades de fiscalização, como o Ministério Público, sejam acionadas para apurar as denúncias e tomar as devidas providências. Enquanto isso, o clima de tensão entre os contratados continua a crescer, com muitos temendo por seus empregos e buscando maneiras de se protegerem das pressões impostas pela gestão atual.
Em todos os municípios é assim, contratados é um cargo de ajuda, então uma mão lava outra.