A Unimed Maceió solicitou ao Ministério Público de Alagoas (MPAL) uma intervenção urgente para impedir a rescisão do contrato com o Hospital Memorial Arthur Ramos, pertencente à Rede D’or. O encerramento do contrato está previsto para 7 de setembro. No dia 28 de agosto, a petição foi enviada ao procurador-geral de Justiça, Lean Araújo, destacando a gravidade da situação e alegando a ilegalidade da rescisão.
O contrato entre a Unimed Maceió e o Hospital Memorial Arthur Ramos remonta à década de 1980, quando o hospital ainda era conhecido como “Hospital do SESI”. Desde então, foram firmados dezoito aditivos contratuais, sendo o mais recente em março deste ano. No entanto, a relação se deteriorou após a aquisição do hospital pela Rede D’or em janeiro de 2022.
A Unimed Maceió alega que, após a aquisição, a nova administração passou a cobrar valores excessivos, o que poderia comprometer o equilíbrio financeiro da operadora. Em resposta, a Unimed recusou-se a aceitar esses encargos, o que levou à notificação de rescisão do contrato em junho, com aviso prévio de 30 dias.
Diante disso, a Unimed Maceió entrou com uma ação de tutela antecipada, resultando na prorrogação do contrato até 7 de setembro. No entanto, essa decisão judicial não abordou os impactos para os beneficiários nem encaminhou o caso ao Ministério Público, o que levou a Unimed a interpor um Agravo Interno. Em seu pedido, a operadora alertou para o risco de falta de leitos hospitalares a partir de 8 de setembro, caso o contrato seja encerrado, afetando cerca de 178 mil beneficiários dos planos Unimed.
*redação com Extra