Na última sexta-feira, 30, um pequeno grupo de professores de Olho d’Água do Casado, cidade do Alto Sertão de Alagoas, realizou um ato em frente à prefeitura. O evento, que contou com a participação de manifestantes ligados a um determinado grupo político, foi marcado por críticas à administração do prefeito Zé de Emater e pelo que parece ser uma tentativa de manchar sua imagem.
O ato foi organizado em um momento em que o prefeito já havia sinalizado seu compromisso em resolver questões salariais e o pagamento de precatórios, aguardando uma decisão do Ministério Público Federal e da Justiça Federal sobre o repasse de recursos.
O prefeito Zé de Emater, que indicou o candidato Chico como seu sucessor, foi alvo das manifestações, onde os organizadores alegavam questões de atraso no pagamento dos precatórios do município. No entanto, o próprio prefeito havia declarado anteriormente que está disposto a pagar os precatórios assim que houver uma decisão judicial favorável, fato este que parece ter sido ignorado pelos manifestantes.
A realização do ato gerou controvérsia, uma vez que a participação foi limitada, levantando suspeitas sobre a verdadeira motivação do movimento. Muitos profissionais da educação preferiram não comparecer, alegando que o evento tinha claras intenções políticas, mais voltadas para atacar a administração atual do que para reivindicar direitos trabalhistas legítimos.
Um dos pontos mais polêmicos foi a presença de um candidato da oposição, que já fez parte da base política de Zé de Emater. Em um áudio amplamente compartilhado nas redes sociais, uma professora criticou a postura do candidato, destacando que, em manifestações anteriores, ele não havia se posicionado a favor da categoria, mesmo quando atuava como presidente da Câmara. A crítica da professora reflete o sentimento de que o ato foi, em grande parte, motivado por interesses eleitorais.
A pequena adesão ao protesto demonstra que a maioria dos professores não compactua com o uso da causa docente para fins políticos. “Estamos aqui para lutar pelos nossos direitos de maneira legítima e sem vínculos políticos. Qualquer tentativa de politizar a nossa causa deve ser repudiada”, afirmou uma professora que preferiu não se identificar.
Por Italo Timoteo