Ontem vi e ouvi bons trechos de uma live (“se abrir uma geladeira, caem duas a cada hora”, me diz um amigo) com o senador Collor.
É interessante constatar que, de fato, há uma mudança de comportamento e de atitude do personagem que já ocupou todos os principais cargos na República, até se transformar no primeiro réu da Lava-Jato. O personagem sisudo e sarcástico desapareceu, dando lugar a um setentão leve e tolerante (pelo menos na live).
A conversa, num site à esquerda (DCM), mostra um parlamentar maduro – inclusive na idade -, ponderado, muito bem articulado, equilibrado em posições que ocupam a coluna do meio (nem esquerda nem direita) e surpreendente:
– Se Lula estivesse em condições de disputar a eleição de 2018, eu votaria nele.
A ênfase da visão crítica do senador foi em direção à turma da Lava-Jato, de Curitiba – e não sem argumentos:
– Pelos diálogos vazados, que ficamos conhecendo, o processo contra Lula seria nulo, independentemente de quem fosse. Tivemos um juiz combinando com aqueles rapazotes que faziam a acusação quem deveria testemunhar, para quem deveria ser vazada a notícia. Isso é uma imoralidade!
Ele evita entrar no mérito das acusações contra o petista, mas demonstra sua clara irritação com Moro e Dallagnol. Único momento em que altera o tom ameno da conversa.
E adverte: “Aqueles que os endeusam vão ver no futuro o quanto estão errados”.
Fonte – Blog do Ricardo Mota
O Senador Fernando Collor tem tido uma postura exemplar em um momento em que o país parece estar virado de cabeça para baixo. Tem sido requisitado para inúmeras entrevistas e tem contribuído bastante para apaziguar os ânimos com uma visão tolerante e a experiência de quem está no mundo político por mais de quatro décadas.