A história está cheia de exemplos em que o sonho de uma pessoa foi realizado por alguém próximo a ela – um filho, um pai, um amigo, por exemplo. Renan Calheiros, o pai, queria ser governador e viu seu sonho “realizado” através de Renan, o Filho.
Em Marechal Deodoro, o sonho do prefeito Cláudio Filho Cacau sempre foi vencer com tranquilidade, mas suas duas vitórias foram apertadas: apenas 8 votos de diferença em 2016 e 21 votos em 2020. As pesquisas na época indicavam uma vantagem maior, mas o deodorense é diferente… Dizem até que esconde o jogo. O que poderia fazer com que o sonho de Cacau – de uma vitória expressiva sobre o mesmo adversário, Júnior Dâmaso – se concretizasse?
A pesquisa divulgada hoje mostra uma diferença de 32% a favor de Bocão em relação a Dâmaso, o que, por si só, não seria uma grande novidade na cidade metropolitana. Algo semelhante já aconteceu com Cacau em pesquisas próximas das eleições.
O que parece ser determinante para a real possibilidade de uma vitória ampla é a alta rejeição de Júnior Dâmaso, especialmente após sua aliança com o ex-prefeito Cristiano Matheus. Quase 40% de rejeição – o dobro da de Bocão – praticamente condena a candidatura. Essa rejeição pode ser explicada pelo fato de que Júnior Dâmaso e Cristiano Matheus passaram a vida inteira brigando e só se uniram no último dia da convenção, movidos por interesses alheios ao dia a dia dos deodorenses e pela constatação da larga vantagem de Bocão sobre ambos. Mais uma vez, volto a afirmar que o deodorense é diferente: ele percebe os “arrumadinhos” políticos e costuma rejeitá-los.
Outro fator relevante é o apoio de um prefeito Cacau, que possui 85% de aprovação em sua gestão, um índice bem maior do que em 2020. Os deodorenses indicam nas pesquisas que o segundo mandato de Cacau foi melhor que o primeiro.
Assim, recorro à história para enxergar no horizonte a realização do sonho de Cacau – uma vitória sem sustos – caminha para vir por meio de um amigo.
Fonte – Jornal de Alagoas