De janeiro até 15 de agosto deste ano, Alagoas registrou 32 incidentes de justiçamento, resultando em sete mortes. No ano de 2023, foram contabilizados 79 casos, com 30 mortes, de acordo com informações da Ordem dos Advogados do Brasil em Alagoas (OAB/AL).
O justiçamento é caracterizado pela ação de “fazer justiça” com as próprias mãos, onde indivíduos buscam punir alguém que supostamente cometeu um crime, como roubo ou furto. Quando essas ações resultam em morte, são classificadas como linchamento.
Segundo a Comissão de Defesa dos Direitos Humanos da OAB, 2019 foi o ano com o maior número de casos de justiçamento em Alagoas, somando 123 ocorrências. Entretanto, o ano de 2023 destacou-se pelo maior número de mortes, totalizando 30 vítimas fatais.
Ronaldo Cardoso, membro da Comissão, ressalta que, mesmo que a pessoa agredida tenha cometido um crime, ela ainda possui direitos assegurados pela Constituição Federal. Ele enfatiza que quem participa de um ato de justiçamento também está cometendo um crime, e a Comissão tem atuado para conscientizar a população e cobrar a investigação e punição dos envolvidos.