A estratégia é usada por todos os políticos. Todos. Do centro, da esquerda e da direita. “Limpar o terreno”, tirar adversários do campo antes mesmo do jogo começar é uma estratégia eficaz na política.
Há quem acredite que alguns políticos alagoanos conseguiram se tornar ‘mestres’ nesta arte. Entre os nomes citados, os mais ouvidos na atualidade são os de Arthur Lira e de Renan Calheiros. Mas não só eles.
Ninguém que exerce ou exerceu recentemente o poder em Alagoas deixou de usar essa poderosa ‘ferramenta’.
Difícil encontrar quem consiga superar os atuais prefeitos de Maceió e Arapiraca. João Henrique Caldas e Luciano Barbosa se tornaram verdadeiros ‘mestres’ na arte da ‘limpeza do terreno’ na política.
Em Arapiraca, Barbosa conseguiu reuniu na sua coligação praticamente todos os partidos, deixando fora apenas PL, Solidariedade e PSDB. Luciano tem o apoio ao mesmo tempo de Arthur Lira, Renan Calheiros, Renan Filho, Paulo Dantas, Rodrigo Cunha (Pode) e Alfredo Gaspar. De quebra, resolveu uma possível crise mantendo Rute Nezinho como sua vice. Com isso evitou o ‘rompimento’ com Ricardo Nezinho.
Sem apoio, sem estrutura e com pouco tempo no guia eleitoral, os adversários que vão para a disputa contra Barbosa em Arapiraca tem poucas chances.
Em Maceió, JHC conseguiu, a partir da aliança que fez com Arthur Lira tirar dois potenciais adversários da disputa. Sem o controle de seus partidos, Alfredo Gaspar (União) e Davi Davino Filho ficaram fora da disputa, embora apareçam bem nas pesquisas eleitorais.
Caneta na mão, JHC conseguiu ainda garantir, além do seu PL, o apoio de outras legendas, caso do PP, União, Republicanos, PSDB, Podemos, Avante e PRD.
Com o “terreno limpo” no seu campo, resta a JHC enfrentar – na prática – apenas um nome competitivo da oposição. Assim como Luciano Barbosa, ele larga na frente. Mas no caso de Maceió, provavelmente a disputa será mais dura, porque diferente de Arapiraca, João Henrique Caldas terá o grupo do governo do Estado e o presidente Lula no palanque de oposição. Mas essa é outra história.
Fonte – Jornal de Alagoas