É do gaúcho Leonel Brizola uma das frases mais emblemáticas da política brasileira: “A política ama a traição e odeia o traidor”.
Do baiano Antônio Carlos Magalhães, outra pérola: “A primeira regra da boa briga é escolher o adversário certo”
Daí eu me arrisco com uma anedota: “Caminhar por cima do muro é arriscado, mas você não erra quando pula pro lado vencedor”.
O processo eleitoral foi aberto, oficialmente, com as convenções, mas até o dia da eleição a nuvem, os cenários, as traições e os pula-pula deixarão a corrida eleitoral como uma panela de pressão fervendo. Com um detalhe que fará toda a diferença: o tempero da moda (para este processo) é o palanque dividido. Para quem não acompanha os treinos políticos está tudo normal. Para os que estão no jogo político, o diferencial do tempero tem sido o malabarismo ideológico do poder pelo poder. Com isso, a tese de Brizola está ameaçada, porque a turma já não esconde que está ficando dos dois lados.
Neste conceito prevalece a tese de ACM: “A primeira regra da boa briga é escolher o adversário certo” (por isso traem ou se juntam).
Assim, “Caminhar por cima do muro é arriscado, mas você não erra quando pula pro lado vencedor”.
Um pé lá e um pé cá é fato novo coletivo na disputa pelo poder.
É complexo, mas se fosse fácil ninguém seria enganado (e/ou derrotado).
A política de Alagoa não tem Saci Pererê, mas está na base do um pé lá e um pé cá.
Por Wadson Régis