Nesta quarta-feira (31 de julho de 2024), o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, declarou que figuras como o ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro (PL) e o presidente argentino Javier Milei (La Libertad Avanza) fazem parte de uma “ala internacional fascista”. A declaração ocorreu no Palácio de Miraflores, em Caracas. Maduro também mencionou Elon Musk, dono do X (ex-Twitter), e os presidentes do Equador, Daniel Noboa, e de El Salvador, Nayib Bukele, além dos ex-presidentes colombianos Álvaro Uribe e Iván Duque como membros desse grupo.
A jornalistas, Maduro afirmou que solicitou ao Supremo Tribunal da Venezuela que investigue as eleições e forneça um parecer sobre a credibilidade do pleito. Ele afirmou que o Gran Polo Patriótico e o Partido Socialista Unido da Venezuela estão prontos para entregar todas as atas das mesas eleitorais à Justiça, se necessário. Segundo o Conselho Nacional Eleitoral (CNE), Maduro venceu as eleições com 51,2% dos votos, contra 44,2% do opositor Edmundo González (Plataforma Unitária Democrática).
Maduro também criticou a mídia internacional, acusando-a de incitar uma “guerra civil” na Venezuela. Ele afirmou que deseja seguir um caminho constitucional, mas não hesitaria em convocar o povo para uma nova revolução se necessário. “Quantas provas temos que apresentar para que digam: ‘Chega’. Tudo bem que vocês não gostem de mim, ou de [Hugo] Chávez ou do Bolívar. Mas por que vocês precisam colocar um país em guerra?”, questionou.
O presidente venezuelano ainda alegou estar sofrendo uma tentativa de golpe de Estado semelhante à que Hugo Chávez teria enfrentado em 2012, prometendo manter a mesma postura do líder chavista. “A Revolução Bolivariana tem raízes, tem o povo e tem militares. É uma revolução pacífica, eleitoral, mas não desarmada”, afirmou. Ele também acusou a oposição de estar ligada a uma rede paramilitar e afirmou que o ataque hacker ao CNE seria parte de um complô golpista liderado pela oposição, apontando González como um dos responsáveis.