O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) continua a demonstrar esforços para destacar politicamente sua esposa, Rosângela Lula da Silva, conhecida como Janja, apesar das limitações institucionais do papel de primeira-dama. Seja para posicioná-la como uma possível sucessora ou para traçar um futuro renovado para o PT, Lula está empenhado em garantir que Janja tenha um papel significativo tanto no governo quanto no partido.
Recentemente, Lula nomeou Janja como sua representante para os Jogos Olímpicos de Paris, protegeu informações sobre presentes recebidos por ela e seus gastos na Presidência, além de criar oportunidades para sua atuação no comando do partido. Essas ações mostram a intenção do presidente em dar à primeira-dama uma posição de destaque e autoridade dentro do cenário político brasileiro.
A tentativa de Lula em elevar o status de Janja já causou constrangimentos tanto nacional quanto internacionalmente. Janja tem representado Lula em comitivas oficiais, desrespeitado protocolos em cerimônias com chefes de Estado e governo, e falado em fóruns internacionais como enviada do Brasil. Recentemente, a indicação de Janja para representar o Brasil na abertura dos Jogos Olímpicos de Paris gerou um novo impasse diplomático e político, uma vez que ela não possuía a credencial adequada para o evento.
Além disso, Janja protagonizou um vídeo com o ministro Fernando Haddad sobre a isenção de impostos na carne, em meio à reforma tributária. No vídeo, divulgado nas redes sociais, ambos comemoraram a inclusão de todos os tipos de carne na cesta básica sem impostos como uma “vitória de Lula”. No entanto, omitiram que a proposta havia sido apresentada pela oposição, o que gerou críticas e expôs a tentativa de atribuir os méritos de uma conquista política exclusivamente ao governo.