Uma nova lei em Mato Grosso tem gerado debates acalorados em todo o país. A legislação recém-aprovada determina que cuidados íntimos, como banho e troca de fraldas, sejam realizados por profissionais de enfermagem do mesmo sexo dos pacientes. A medida, de autoria do deputado Sebastião Rezende e sancionada pelo governador Mauro Mendes, visa garantir maior conforto aos pacientes, mas tem sido alvo de críticas.
O ex-BBB e enfermeiro Cezar Black foi uma das vozes mais ativas contra a lei nas redes sociais. Ele argumenta que a nova regra prejudica o atendimento e impõe limitações desnecessárias aos profissionais de saúde. Segundo Cezar, a lei é preconceituosa e desrespeitosa com os enfermeiros, além de criar uma situação impraticável devido à disparidade de gênero na profissão.
De acordo com a pesquisa de Perfil da Enfermagem no Brasil, realizada em 2015 pelo Cofen e Fiocruz, 85% dos profissionais de enfermagem são mulheres. Cezar destaca que, com a nova lei, não haveria enfermeiros homens suficientes para atender pacientes masculinos, levantando preocupações sobre a eficiência e a qualidade do atendimento nas unidades de saúde. Ele questiona se a falta de profissionais do mesmo sexo resultaria em pacientes sem os cuidados necessários, especialmente em situações de emergência.
A nova lei também recebeu críticas de outros políticos, como o deputado estadual e médico Dr. João. Ele defende que os profissionais de saúde são altamente capacitados para atender pacientes de ambos os sexos, independentemente de seu próprio gênero. Dr. João revelou que um pedido de revogação da lei foi apresentado na Assembleia Legislativa de Mato Grosso, argumentando que a medida poderia ser estendida a médicos, restringindo ainda mais o atendimento especializado e prejudicando os pacientes.