Enfrentando uma forte resistência da oposição, especialmente após uma derrota na Câmara dos Deputados, o governo Lula continua buscando maneiras de avançar sua agenda política e econômica no Congresso. Recentemente, o Partido Liberal, liderado por Jair Bolsonaro, conseguiu incluir carnes na cesta básica sem a aplicação de impostos, garantindo que os brasileiros não paguem mais por esses alimentos. O governo Lula, entretanto, tentava encontrar meios de taxar esses produtos.
Desde o início do terceiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva, a dívida pública do país aumentou significativamente devido a uma série de despesas, incluindo altos custos da equipe ministerial de Lula, como super salários de servidores, número extenso de cargos, viagens e hospedagens. Esses gastos gerais, muitas vezes considerados desnecessários, contribuem para o déficit, quando as despesas superam a arrecadação.
Apesar de ter a opção de cortar gastos considerados excessivos, o governo Lula escolhe manter essas despesas, resultando na necessidade de buscar novas fontes de receita através de impostos. Uma das propostas atuais é aumentar a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) das empresas. Essa proposta foi discutida pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, durante uma reunião em Brasília, que contou também com a presença do presidente Lula e do líder do governo no Senado, Jaques Wagner.
Durante a reunião, Haddad sugeriu que, se a medida fosse aprovada, a Receita Federal deveria avaliar a arrecadação de impostos após dois meses. Caso o montante fosse insuficiente, o governo aumentaria o tributo. Pacheco, no entanto, discordou, argumentando que o Congresso já havia aprovado medidas suficientes para compensar a renúncia fiscal. A prorrogação da desoneração da folha de pagamento até 2027, aprovada pelo Congresso, foi suspensa por decisão liminar do Supremo Tribunal Federal (STF), após ação movida pelo governo Lula, que alegou falta de previsão de recursos para programas sociais e ausência de estimativa de impacto nas contas públicas. O Legislativo rebateu, afirmando que as medidas aprovadas já contemplavam essas questões.