Uma onda de violência associada a sensação de impunidade tem tirado a paz e o sossego dos moradores do município de Taquarana, localizado na região agreste do estado de Alagoas. O aumento das ocorrências de crimes como homicídios, tráfico de drogas, roubos e até brigas de rua mudou a rotina dos taquaranenses, enquanto o prefeito e outras autoridades do município assistem tudo de “braços cruzados”.
Apesar da segurança pública ser de responsabilidade do governo estadual, a população reclama que não há qualquer movimentação do poder público municipal no sentido de mobilizar o governador e a Secretaria de Segurança Pública para que intensifiquem ações efetivas de combate a criminalidade no município.
Recentemente um homem foi vítima de uma tentativa de homicídio no sítio Mameluco ao ser esfaqueado no tórax. Outro foi assassinado a tiros dentro do veículo no povoado Pai João enquanto outra vítima foi morta a tiros em um bar localizado no povoado Lagoa de Baixo.
No final do ano passado Taquarana ganhou destaque nas páginas policiais ao registrar pelo menos três homicídios em menos de 24 horas. Em fevereiro deste ano o pedreiro Estênio Saraiva da Silva, de 48 anos, foi morto a tiros em frente a um bar no povoado Pai João, zona rural de Taquarana. Em março um homem foi assassinado dentro da própria casa no povoado Olho D’água dos Freires.
Os crimes de feminicídio também passaram a fazer parte da triste rotina dos taquaranenses. Em novembro do ano passado a jovem Franciane Micelane da Silva foi executada a tiros num espetinho localizado às margens da rodovia AL 110. Um dia antes outra mulher foi assassinada no centro da cidade, próximo à Igreja Santa Cruz. Em outro caso uma mulher foi atingida com golpes de tesoura na nuca, mas conseguiu resistir.
Nos eventos juninos, organizados recentemente pela Prefeitura de Taquarana, também foram registrados diversas ocorrências de brigas e agressões em via pública. Nas redes sociais circularam vários vídeos de brigas generalizadas envolvendo homens e mulheres agredindo uns aos outros com chutes, socos e até pauladas, sem serem “incomodados” pelas autoridades de segurança.
Em meio a escalada de violência, sensação de impunidade e a inércia do poder público a população taquaranense permanece acuada, assustada e sendo obrigada a mudar suas rotinas para que não se transformem em novas vítimas dessa violência que parece não ter fim.