A atitude do vice-presidente da Câmara de Vereadores de Taquarana, Erisval João de Souza, provocou revolta na população e esquentou os ânimos políticos da cidade na manhã desta quarta-feira (19). Poucos minutos após abrir a sessão, o vereador teria encerrado os trabalhos alegando não haver mais pautas a serem discutidas, ignorando a leitura e discussão de, pelo menos, três requerimentos protocolados pela oposição, que cobram do prefeito Geraldo Cícero esclarecimentos sobre gastos milionários e dados sobre a arrecadação financeira da atual gestão.
Entre os requerimentos está o que solicita da gestão municipal informações sobre contratações para a terceirização de serviços prestados pela Cooperativa Moderniza que, recentemente, colocou a Prefeitura de Taquarana entre as envolvidas na Operação Maligno, conduzida pelo Ministério Público do Estado de Alagoas. No Portal da Transparência da Prefeitura não constam a publicação de empenhos, notas, espelhos e outros documentos, mas apenas os pagamentos feitos para a cooperativa, na ordem de R$ 5 milhões. Deste montante, R$ 1,1 milhão foram pagos somente de janeiro a abril de 2024.
Outro requerimento protocolado e ignorado pelo vice-presidente, que assumiu os trabalhos após a falta não justificada do presidente Selmo Cícero da Silva, foi o que solicita da Prefeitura uma descrição geral do destino dos recursos da concessão de água e esgotamento sanitário, com detalhamento dos valores recebidos pela concessão, e dos gastos em que estes recursos tenham sido utilizados.
O terceiro requerimento ignorado é o que solicita do Executivo a lista completa de todos os prédios atualmente locados pelo município, incluindo endereços, finalidades e valores dos contratos de locação.
Os requerimentos foram protocolados pelos vereadores João Sebastião de Oliveira, Nivaldo Barbosa da Silva e Jason de Souza Costa Neto, que atualmente integram o grupo que faz oposição à gestão municipal.