O vereador Leonardo Dias (PL) utilizou da tribuna do plenário da Câmara Municipal de Maceió (CMM), na manhã desta quarta-feira (19), durante Sessão Ordinária, para cobrar – mais uma vez – que a demora para a realização de cirurgias ortopédicas seja resolvida em hospitais administrados pelo Governo do Estado.
Dias repercutiu o caso do jovem Alisson Amorim Ramiro, de 19 anos, que está internado na área verde do Hospital Geral do Estado (HGE), em Maceió, desde o dia 15 de abril. O paciente é autônomo e, portanto, está sem condições de sustentar sua família por mais de dois meses.
“Eu vou fazer mais um apelo em plenário para que a Saúde do nosso estado se lembre de um paciente que se encontra no leito 0501, da área verde. Ele está há mais de 60 dias esperando uma cirurgia na tíbia. Assim como ele, infelizmente a gente sabe que tem outros”, pontuou o vereador.
Leonardo lamentou que, além do caso de Alisson, outras dezenas de pessoas têm passado pela mesma situação. O caso do jovem tem sido monitorado pelo vereador, que já solicitou à Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) uma solução, mas até o momento nada foi feito.
“Infelizmente sabemos que o Alisson não é o único que passa por essa situação e que há outras pessoas que também estão sofrendo com este mesmo problema. É lamentável que toda semana precisemos fazer apelos para que essas pessoas possam ter acesso aos seus tratamentos”, prosseguiu.
“Uma pessoa está há mais de 60 dias em um leito esperando por uma cirurgia na tíbia sem nenhuma previsão e ninguém faz nada”, complementou o vereador.
Leonardo Dias ressaltou que é importante que os conselhos Municipal e Estadual de Saúde estejam atentos aos problemas que têm sido enfrentados por muitos pacientes que estão sob os cuidados do Sistema Único de Saúde (SUS) em Alagoas.
“É preciso acionar os conselhos Municipal e Estadual de Saúde para que eles possam compreender o que está acontecendo. Imagine o estado psicológico dessa pessoa que está há 60 dias no hospital, autônomo e com uma filha para criar. Ele não consegue produzir e não tem qualquer perspectiva de quando vai voltar a trabalhar. Além do fator econômico e social, existe o aspecto psicológico de passar 60 dias em uma cama, com dor, e esperando uma cirurgia que nunca acontece. Faço apelo ao secretário e ao governador que resolvam as questões das cirurgias ortopédicas em definitivo”, concluiu Dias.